A dispraxia é caracterizada pela dificuldade que a criança tem de se orientar no espaço, o que a torna bastante desajeitada e trapalhona. Confira alguns sinais que podem indicar dispraxia:
- Criança desajeitada, que anda de forma estranha, trocando os pés e tropeçando no que há pelo caminho;
- Dificuldade em manter o equilíbrio do corpo, seja andando, correndo ou brincando;
- Dificuldade para fazer 2 coisas ao mesmo tempo, mesmo que seja comer e conversar;
- A coordenação entre olhos e mãos não é boa, por isso acertar com a bola num determinado lugar é extremamente difícil;
- Comer pode ser uma tarefa difícil, há risco de não acertar a boca com o garfo e de se engasgar;
- Dificuldade nas tarefas que incluem movimentos coordenados, como pegar uma taça e caminhar com ela até a mesa de jantar, sem tropeçar em ninguém e sem a deixar cair;
- Um dos lados do corpo (por exemplo o esquerdo) é mais coordenado que o outro;
- Ser ambidestro, o que significa não ser canhoto, nem destro;
- Ficar sentado normalmente é uma dificuldade e para se equilibrar melhor, é preciso sentar sobre uma perna, cruzar as pernas ou colocar os pés sobre outra superfície;
- Desorganização com os objetos e também com os horários e tarefas que precisam ser realizadas no dia a dia;
- Dificuldade para dirigir/conduzir;
- Dificuldade para dormir;
- Dificuldade em entender um mapa ou seguir uma série de instruções para chegar à algum lugar;
- Dificuldade em segurar a caneta ou lápis, com má caligrafia;
- Alterações na fala, como dificuldade de encontrar as palavras certas, falar muito alto ou muito baixo, muito rápido ou muito devagar.
Se o seu filho apresentar estes sinais, deve ser avaliado por um especialista. O diagnóstico da dispraxia é feito pelo neurologista e pode ser feito na infância, adolescência ou na vida adulta, dependendo do grau de dispraxia que o indivíduo possui e de quando ela surge. Normalmente a criança com dispraxia também possui outras alterações como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, autismo, dislexia ou outras.
Felizmente a dispraxia não está relacionada com o comprometimento intelectual e o indivíduo que possui dispraxia pode ser tão ou mais inteligente que os outros.
O que causa dispraxia?
A dispraxia na criança é causada por alterações cerebrais, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, e pode ser passada de pais para filho. Quando surge no adulto pode ocorrer após um Acidente Vascular Cerebral ou um Traumatismo Craniano.
Existe tratamento para dispraxia?
Sim, é possível melhorar a dispraxia e a vida do indivíduo com terapias que ajudam a controlar os movimentos e a fala pode ser trabalhada pela fonoaudiologia.
O tratamento é longo, mas pode ter grandes benefícios, melhorando a qualidade de vida do indivíduo. Confira alguns exercícios que são indicados para dispraxia.