Educação e Ensino Especial

Dispraxia na Escola: dicas para ajudar crianças na sala de aula

Escrito por Cláudia Pereira

Para a criança com dispraxia ser bem sucedida na escola, tanto os pais como os educadores podem contribuir, utilizando estratégias que facilitem o processo de aprendizagem, na sala de aula e em casa.


Reunir pais e professores, logo no início do ano escolar, para discutir as dificuldades específicas da criança e para delinear um plano individualizado de aprendizagem, é extremamente útil, permitindo o sucesso escolar da criança com dispraxia.

Dispraxia na Escola

As crianças dispráxicas não têm deficiência intelectual, apenas precisam de um pouco mais de tempo do que os outros colegas para atingir os seus objetivos e, na maior parte dos casos, apresentam características típicas deste transtorno, que obviamente dificultam a aprendizagem:

  • Fraca coordenação motora;
  • Postura inadequada;
  • Fraca noção de espaço;
  • Dificuldade com a escrita;
  • Má caligrafia;
  • Problemas de fala (lentidão em aprender a falar e possível incoerência na fala);
  • Baixa autoestima.

Como Ajudar Crianças com Dispraxia

Algumas crianças vão precisar de um plano individualizado de aprendizagem, outras apenas precisarão de pequenas adaptações no ensino. O que é certo, é que, a criança com dispraxia precisa de se sentir capaz, calma e segura para aprender devidamente.

Sugerimos algumas dicas que podem ajudar tanto o professor como a criança com dispraxia na sala de aula:

  1. Certifique-se de que a criança está bem sentada, com os pés totalmente apoiados no chão e os braços confortavelmente apoiados sobre a mesa;
  2. Trace metas realistas e de curto prazo, para manter a criança motivada;
  3. Permita a utilização de diferentes ferramentas para a produção da escrita que sejam confortáveis para a criança (tipos de lápis, caneta, borracha, computador, etc);
  4. Permita a utilização de métodos alternativos de apresentação para demonstrar compreensão ou domínio do assunto (apresentar o relatório oralmente, desenhar para ilustrar as suas ideias ou digitar a redação no computador);
  5. Ensine estratégias para melhorar o movimento de preensão e consequentemente a escrita, como a utilização de canetas hidrográficas finas ou seguradores de lápis;
  6. Adeque a quantidade de trabalho à capacidade da criança, evitando que utilize os momentos de recreio ou lanche para terminar as tarefas;
  7. Use papel de acordo com as dificuldades de escrita da criança (linhas bem espaçadas para escrita, papel quadriculado, com quadrados grandes, para alinhar os números na matemática);
  8. Ao corrigir o trabalho de uma criança dispráxica, evite marcar todos os erros no caderno, registe essas informações noutro documento;
  9. Motive a criança a produzir uma grafia legível, fornecendo folhas pautadas;
  10. Facilite a realização de exercícios, utilizando folhas de exercícios impressas pré-escritas, para que a criança se foque na tarefa;
  11. Disponibilize tempo extra para que a criança complete atividades motoras finas (na área da escrita e redação, mas também na matemática, ciência e arte);
  12. Dê tempo adicional, ou acesso a computador, em provas e exames que requeiram muita escrita.

Sobre o Autor

Cláudia Pereira

Educadora Social, formadora certificada, especialista em educação, dificuldades de aprendizagem e necessidades educativas especiais.
Empreendedora digital, criativa e apaixonada por criar conteúdo útil e prático para pais e profissionais.