Gravidez

O que é o Aborto Retido: sintomas e como tratar

Escrito por Marcelle da Costa

O aborto retido acontece quando existe a morte do feto, mas o corpo da mulher não o expulsa sozinho, necessitando de uma intervenção médica para solucionar o problema.


O aborto pode acontecer por inúmeros motivos, que nem sempre ficam claros na cabeça da mulher. Na maior parte das vezes acontece por alterações genéticas, que tornam o feto incompatível com a vida. Uma dúvida comum é a mulher pensar no que ela fez para perder o bebê, mas na grande maioria das vezes, ela não teve nenhuma atitude errônea, que possa ter provocado este desfecho. Conheça mais algumas possíveis causas de aborto, que possam justificar a perda do bebê.

Sintomas de aborto retido

Em qualquer tipo de aborto os sinais e sintomas são sempre os mesmos:

  • Dor abdominal e
  • Sangramento vaginal.

Em todo caso, o que caracteriza o aborto espontâneo retido é o fato da mulher não conseguir expulsar o feto sozinha. Se a mulher apresentar estes sintomas deve buscar ajuda médica o quanto antes.

Para confirmar o médico deve verificar a ausência de batimentos cardíacos fetais. A diminuição da dosagem de BHCG na corrente sanguínea da mulher também confirma a suspeita.

Como tratar o aborto retido

O médico vai recomendar o uso de um remédio que provoque as contrações uterinas, para saída do feto. É necessário o internamento para realização de um ato médico chamado curetagem, que consiste em utilizar uma curetra, que é um instrumento médico parecido com uma pinça, para remover o feto de dentro do útero da mulher. Este procedimento é feito sob sedação para que seja mais confortável para a mulher.

O medicamento indicado para estimular as contrações uterinas e favorecer a saída do feto é o Misoprostol. Quando a mulher tem menos de 12 semanas de gestação é indicado 400mcg por via vaginal. Após 6h proceder AMIU ou curetagem uterina convencional. Se já tiver 12 ou semanas de gestação é indicado tomar 200 mcg, a cada 6h, via vaginal ou ocitocina 20UI em 500 ml e SG5%. Curetagem uterina cruenta após expulsão fetal.

A situação é mais delicada se a mulher já tiver tido outros abortos anteriores, caso tenha realizado outra curetagem, e se tiver tido mais de 1 cesariana, o que representa uma cicatriz no útero. Nestes casos há maior risco de vida para a mulher havendo necessidade de internamento por mais tempo e uso de antibióticos, por exemplo.

Após este procedimento a mulher deve ser acompanhada por um psicólogo para que consiga enfrentar este momento de forma mais tranquila.

Sobre o Autor

Marcelle da Costa

Fisioterapeuta credenciada, com formação em Psicomotricidade e Desenvolvimento Infantil.
Empreendedora social, prática e sempre pronta a ajudar!