A Síndrome de Turner é uma doença genética, que afeta as meninas e que não tem cura. Suas principais características são a não entrada na puberdade e a baixa estatura. O tratamento é feito com medicamentos que estimulam a puberdade e o desenvolvimento.
Características Físicas
A pessoa portadora da Síndrome de Turner tem as seguintes características físicas:
- Pescoço curto e largo;
- Dobras de pele atrás do pescoço;
- Início da formação de cabelo abaixo da nuca;
- Tórax largo;
- Baixa estatura na idade adulta podendo ser a altura final média 143 cm, pelo menos 20 cm abaixo da média da população feminina;
- Alterações cardíacas, como estreitamento da aorta;
- Formação de elevações na pele, cobertas de pelo;
- Unhas mal desenvolvidas;
- Escoliose na adolescência;
- Ausência de ovários e consequente infertilidade irreversível;
- Vagina, seios, útero e lábios vaginais infantis;
- Aumento do risco de obesidade;
- Sobrancelhas espessas;
- Pode haver estrabismo.
Existe ainda uma maior tendência para desenvolver doenças da tireóide, nos rins e diabetes e por isso o médico pode solicitar exames de forma regular para uma avaliação cuidadosa.
Síndrome de Turner na Escola
A pessoa portadora de Síndrome de Turner pode frequentar a escola regular, sem nenhuma necessidade de ensino especial. No entanto, deve-se ter em consideração alguns fatores:
- Atraso na aprendizagem;
- Transtorno do déficit de atenção/hiperatividade;
- Dificuldade na avaliação das relações visuais e espaciais, planejar tarefas e prestar atenção;
- Baixas notas em matemática mesmo que tenha ótimo empenho em testes de inteligência verbal.
A falta de inteligência é muito rara e todas as crianças/adolescentes podem ser estimulados a estudar para alcançar melhores resultados. O reforço escolar pode ser iniciado o quanto antes e o hábito de estudar em casa, além da escola deve ser desenvolvido desde cedo.
Tratamento da Síndrome de Turner
O tratamento deve ser feito com a toma de medicamentos hormonais como o GH para estimular o crescimento e a reposição de estrogênio por alguns anos, até ter chegado à maturidade. Quando há algum defeito no coração pode-se realizar uma cirurgia cardíaca. O início da toma da medicação se dá quando a menina deixa de seguir o mesmo padrão de crescimento de outras meninas, ainda na infância e a finalização se dá por volta dos 14 anos.
A prática de atividade física na infância contribui para o bom desenvolvimento ósseo e para melhorar a capacidade cardíaca, diminuindo as chances de obesidade. Se a criança ou adolescente apresentar alguma alteração cardíaca deve-se falar com o pediatra antes de iniciar esse tipo de aulas, caso contrário não há restrições e todo tipo de atividade física é possível, desde que respeite o gosto e as limitações da crianças, talvez essa criança não tenha muita habilidade para jogar basquete, mas pode ser ótima no futebol.