A Espínha Bífida é caracterizada pelo não fechamento de algumas vértebras da coluna vertebral, o que faz com que haja um comprometimento do Sistema Nervoso, paralisia das pernas e outras deformidades ortopédicas, urológicas e até comprometimento em sala de aula.
Ela pode ser classificada como sendo:
- Espinha Bífida Oculta: casos mais leves, sem formação de bolsa saliente nas costas;
- Meningocele: bolsa saliente nas costas contendo meninges;
- Mielocele: bolsa saliente contendo parte da coluna;
- Mielomeningocele: casos, mais graves, apresentando bolsa saliente contendo meninges + partes da coluna que está completamente exposto, não recoberto por pele. Nesse casos os impulsos nervosos não passam normalmente pela coluna e a movimentação e sensibilidade das pernas está muito comprometida.
O bebê com espinha bífida pode apresentar ainda hidrocefalia, malformação de Arnold Chiari, bexiga neurogênica, intestino neurogênico e paralisia de membros inferiores; e distúrbios ortopédicos, como pés tortos congênitos, luxação coxofemural, fraturas, escoliose e distúrbios renais, hidronefrose e refluxo vesicouretral.
A bexiga neurogênica leva à infecção urinária de repetição e perda da função renal; mal formações renais, puberdade precoce que está ligada a hidrocefalia, e função reprodutora alterada no sexo masculino. No entanto, dependendo da parte da coluna que é afetada o comprometimento dos movimentos das pernas pode ser mais perto do normal.
Quais são as causas de Espinha Bífida
As causas ainda não são conhecidas mas sabe-se que a deficiência de folato, o uso de medicamentos como carbamazepina, ácido valpróico, fenobarbital, fenitoína, primidona, sulfassalazina, metotrexato, na gestação e que o fato da mãe ser diabética aumentam as chances do bebê nascer com espinha bífida. Outros fatores que também aumentam as chances dessa doença são consumo de bebidas alcoólicas na gestação, alimentos contaminados com inseticidas, anestesia durante a gravidez.
Esta alteração surge antes das primeiras 4 semanas de vida do feto e não tem cura, sendo recomendada a cirurgia para correção das alterações presentes.
Diagnóstico de Espinha Bífida
O diagnóstico de Espinha Bífida pode ser feito ao nascer, pela observação de uma massa arredondada nas costas do bebê, ou durante a gravidez, através do exame de ultrassom e mensurando os níveis séricos maternos de α-fetoproteína.
Tratamento para Espinha Bífida
O tratamento para Espinha Bífida é feito com cirurgia ainda antes de nascer ou logo após o nascimento. Quando existe hidrocefalia, que é o acúmulo de líquido dentro do Sistema Nervoso, ou estão presentes alterações do aparelho urinário, a correção cirúrgica também se faz necessária.
A seguir, a fisioterapia é recomendada, assim como a estimulação psicomotora. O cuidado com esta criança será necessário por toda vida, dependendo do tipo de comprometimento do sistema nervoso ela tenha apresentado, poderá andar com cadeiras de rodas, mas necessitar de ajuda por tempo indeterminado.
Bibliografia
- O cuidado da criança com espinha bífida pela família no domicilio. Maria Aparecida Munhoz Gaiva, et al. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2009.
- Reabilitação na mielomeningocele. Luciane Robaina. Coordenadora Clinica AACD/RS.