A dislexia representa dificuldades com memória, ou melhor, com a forma como se organiza a informação a nível cerebral. Quando uma pessoa não disléxica guarda algo na memória, essa informação é guardada como se se tratasse de um ficheiro de computador, bem organizada e catalogada, numa pasta específica. No entanto, um disléxico tem apenas um único e grande ficheiro sem categorias ou subtítulos. A informação está lá, mas leva muito tempo a encontrar.
Robert Frank, psicólogo disléxico, afirma: “Sendo professor na universidade, já ensinei psicologia inúmeras vezes. No entanto, cada vez que tenho de dar o curso, preciso de reactivar o cérebro para localizar e reorganizar a matéria. Tenho de despender muito tempo a estudar novamente e a reorganizar a matéria que já deveria saber de cor.”
Lembrar nomes, locais onde se guardou algo ou relembrar acontecimentos passados pode ser um verdadeiro problema para uma criança, jovem ou adulto disléxico.
É importante ajudar o disléxico a ultrapassar este sentimento de frustração e de perda sempre que não se lembra de algo que muitas vezes faz parte do seu dia-a-dia. Elogie pelas suas características positivas e, em conjunto, encontre mecanismos que funcionem e colmatem as suas falhas.