Saúde Infantil

Qual a melhor dieta para a criança com Autismo?

Escrito por Marcelle da Costa

Existem diversos estudos científicos que afirmam que a alimentação adequada pode melhorar o comportamento da criança que sofre com autismo. De acordo com os pesquisadores os alimentos que devem ser retirados da alimentação dessa criança são o glúten, presente na farinha de trigo, e a caseína, presente no leite e seus derivados.


O que a criança autista não deveria comer?

Segundo estes estudos, deve-se excluir totalmente da alimentação os alimentos ricos em:

  • Glúten: pão, bolo, biscoito, bolacha, cereais. Deve-se ler no rótulo dos alimentos se contém glúten.
  • Caseína: leite de vaca e todos os seus derivados: manteiga, queijo, iogurte. Felizmente, os leites vegetais são permitidos e também os os seus derivados.

O ideal é que os pais levem a criança ao nutricionista para que ele indique pessoalmente tudo o que a criança pode e que não pode comer, facilitando o seu dia a dia. Até mesmo porque a criança autista pode ter a sua própria seleção de alimentos que come ou não, e pode não tolerar essa mudança na alimentação.

De acordo com estes estudos, acredita-se que a alimentação diferenciada possa ajudar a combater os sintomas do autismo porque parece haver uma tendência às crianças autistas sofrerem de alterações gastrointestinais, que aumentam as hipóteses de alergias e intolerâncias.

Não é unânime entre os médicos que a exclusão destes alimentos seja indicada para as crianças autistas, sem nenhuma alteração gastrointestinal, como disbiose ou doença celíaca. Para este outro grupo de médicos, a exclusão destes alimentos pode dificultar ainda mais a socialização da criança autista por restringir o que ela pode comer em grupo. Por exemplo, com outras crianças numa festa de aniversário ou com o próprio irmão ou irmã, dentro de casa. O resultado disso seria exatamente o oposto, uma piora das relações sociais.

O que esperar após mudar a alimentação?

Para as crianças autistas e que apresentam doenças gastrointestinais, cerca de 3 meses após a mudança na alimentação da criança os pais e cuidadores devem notar uma melhora no comportamento infantil. A criança pode permitir uma maior socialização e poderá notar uma diminuição da hiperatividade durante o dia e melhor padrão do sono, durante a noite.

No entanto, não são todas as crianças que apresentam melhora dos sintomas devido à mudança na alimentação, especialmente aquelas que não apresentam alterações gastrointestinais, e se esse é o caso do seu filho, não vale à pena continuar com as restrições alimentares.

Sobre o Autor

Marcelle da Costa

Fisioterapeuta credenciada, com formação em Psicomotricidade e Desenvolvimento Infantil.
Empreendedora social, prática e sempre pronta a ajudar!