A Disgrafia – distúrbio de aprendizagem da escrita – pode ser classificada de diversas formas, dependendo da sua causa:
Disgrafia Maturativa
Também chamada de evolutiva, consiste nas dificuldades sentidas pelas crianças na aprendizagem da escrita (de acordo com Portelano Pérez/1985 e Brueckner e Bond/1986).
Disgrafia Adquirida
Este tipo de disgrafia pode ser consequência de ensino inadequado da escrita ou de uma lesão cerebral (antes da lesão a criança podia escrever correctamente), de acordo com Portelano Pérez/1985 e Brueckner e Bond/1986.
Disgrafia Perceptiva
Também chamada de Disgrafia Disléxica, este tipo de disgrafia caracteriza-se pela dificuldade que a criança tem em relacionar os sistemas simbólicos e as grafias que representam os sons, ou seja, o que a criança escreve não corresponde ao que ela quer dizer. As principais características da disgrafia disléxica são as seguintes, identificadas por Deuel/1995 e Adelantado/2004:
- 1. Omissão de letras;
- 2. Confusão de letras com sons semelhantes. Por exemplo: faca e vaca, porta e morta;
- 3. Confusão de letras com orientação simétrica similar;
- 4. Inversão na ordem das sílabas;
- 5. Agregação de letras e sílabas;
- 6. Uniões e separações indevidas de sílabas.
Disgrafia Motora
A escrita espontânea e a cópia de um texto pode ser ilegível na Disgrafia Motora. A velocidade de digitação com o dedo indicador é bastante lenta e o desenho é frequentemente problemático. A criança consegue falar e ler, mas encontra dificuldades na coordenação motora fina para escrever as letras, palavras e números, ou seja, percebe a figura gráfica, mas não consegue fazer os movimentos corretos para a reproduzir devidamente.
Disgrafia Espacial
A criança com disgrafia espacial tem uma letra ilegível e apresenta dificuldade com o desenho, na forma de escrever as palavras. A soletração oral e a velocidade de digitação com o dedo indicador são normais.